Nome botânico: Ziziphus mauritiana Lam. Sinônimos: Z. jujuba (L.)Lam., Z. orthocantha DC. Família: Rhamnaceae.
Nome vernacular em Cabo Verde: Zimbrão.
Distribuição original: Ásia central. Agora em todo a África semi-árida e arredores do Mar Mediterrâneo.
Descrição: Arbusto de 4 a 5 metros de altura ou árvore até 12 metros de altura. A sistema radicular é muito desenvolvido. Casca cinzenta. Ramos pendentes, branco-tomentosos, crescendo em ziquezaque, alternos, muito espinhoso com pares de espinhos típicos: um recto e agudo, outro muito recurvado (como o polegar e o indicador). A árvore tolera temperaturas muito elevadas e seca prolongada.
Folhagem: folhas simples, pequenas e variáveis em forma, ovoídas, dentadas, verde-tomentosas ao lado inferior, verde-brilhantes ao lado superior. Três nervuras principais divergem da base da folha.
Flores: amareladas, cerca de 4 mm de largura em cimeiras axilares de 3 a 5 flores. Pétalas muito pequenas, estames amarelo-dourados. Floração de Outubro a Janeiro.
Frutos: Drupas de 1.2 cm de diâmetro, redondas, castanho-avermelhadas com semente grande. A árvore dá frutos desde o 4º ano, com bom rendimento desde o 10º a 12º ano.
Semente: Caroço, 3'600 a 7'000 por quilo. Pré-tratamento por escarificação 6 meses antes de sementeira. Germinação boa em viveiro.
Uso económico: Os frutos são comestível em estado fresco ou secos. Produção de 80 a 130 kg por ano por árvore. Contem muito vitamina A e C. O tronco não cresce em dimensões grandes, mas é de boa qualidade, com cerne vermelho-acastanhado, fácil de trabalhar e lustrar, resistente aos térmites. Própria para fabricação de utensílios de cozinha, mãos de ferramentas, construção de barcos; dá boa lenha. A casca dá tanino.
Observações: A espécie cresce abundante nas Ilhas de Santiago e Maio. Alguns pés na Ilha de Santo Antão, mas só em terras baixas. Foi introduzida no Planalto Leste em 1984 e plantado ao lado do caminho para Lagoa e em algumas provas de eliminação. Crescimento nas depressões mais ou menos bom, nas ladeiras mau.