Nome botânico: Ceratonia siliqua L.
Nome vernacular: Carob, Locust Bean (Eng) Nome em Cabo Verde: Alfarrobeira.
Família: Caesalpiniaceae.
Distribuição original: A Alfarrobeira posivelmente é de orígem de mediterrânea oriental, e plantada largamente nas regiões sub-trópical e tropical com estação seca.
Descrição: Árvore com 4-8 m de altura, sempre verde, dióica, com ramos curvados e copa esférica.
Folhagem: folhas paripenadas, pecíolos curtos, coriáceas. Folíolos em 2-3(4) pares, com 3-7 cm de comprimento e 3-4 cm de largura, com peciólulos, oblongo-ovados ate obovados, obtusos ou emarginados, glabros, verde-escuros na face superior e verde-clara na inferior.
Inflorescência: Racemos axilares, com muitos flores minúsculas, sem pétalos. Cor amarela-esbranquiçada. Floração normalmente em Agosto-Novembro.
Frutos: Vagens com (8)10-30 cm de comprimento e 1.5-2.5 cm de largura, recta ou curvada, pardo-roxa, brilhante, mesocarpo doce.
Semente: 4'000-6'000 por quilo. Podem ser armazenadas em vasilhas herméticas e fumigados, até 5 anos num ambiente fresco. Germinação 80%. Antigamente usavam-se as sementes como unidade de peso para ouro. A palavra carat (quilate) vem da palavra africana Kuara que em Grego é Keraton: o nome para o Alfarobeirra.
Uso económico: A árvore é plantado para controle de erosão, quebra-vento e produção de lenha. As vagens producem goma, xarope e servem para alimentação de gado (salvo galinhas). Crescimento é lento. As sementes podem servir como substituto de café.
Observações: A árvore cresce desde ao nível do mar até 1'000 m de altitude, com 200-800 mm de precipitação no inverno e com 4 meses de seca. Cresce há décadas no Planalto Leste como árvore frutifera solitária nos quintais, porém, actualmente está se tornando escassa.